quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Das surpresas das manhãs


No encerrar dos seus dias, julho me presenteou com estes versos escritos em forma de agradecimento. As primeiras palavras surgiram quando acabava de chegar da Praia Peito de Moça, Luis Correia-PI, onde vou sempre que preciso aquietar a loucura dos dias.

O retorno é embalado por gratidão... pela luz, pela areia úmida que acaricia meus pés... pelo que ainda resta das dunas pequenas e arredondadas que deram origem ao nome... pelo sol que se derrama acalentado pelo gorjeio do mar... pelo vento e pelo silêncio que se instala quando os veranistas se vão [ainda que por aqui o tempo faça pouco caso das estações, as temporadas são bem marcadas e um dia eles se vão].

Hoje tive a grata surpresa de vê-los publicados em um caderno de cultura de um jornal local. Ei-los em seu original:


julho [em agradecimento] por Sergia A.



Há no cantinho
uma rede
tecida em fios de vento
de frio
de chuva
de sol
em que adormece o vazio das distâncias
em que se aquietará em leve balanço 
a realidade dos dias a caminho


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