No encerrar dos seus dias, julho me presenteou com estes versos escritos em forma de agradecimento. As primeiras palavras surgiram quando acabava de chegar da Praia Peito de Moça, Luis Correia-PI, onde vou sempre que preciso aquietar a loucura dos dias.
O retorno é embalado por gratidão... pela luz, pela areia úmida que acaricia meus pés... pelo que ainda resta das dunas pequenas e arredondadas que deram origem ao nome... pelo sol que se derrama acalentado pelo gorjeio do mar... pelo vento e pelo silêncio que se instala quando os veranistas se vão [ainda que por aqui o tempo faça pouco caso das estações, as temporadas são bem marcadas e um dia eles se vão].
Hoje tive a grata surpresa de vê-los publicados em um caderno de cultura de um jornal local. Ei-los em seu original:
julho [em agradecimento] por Sergia A.
Há no cantinho
uma rede
tecida em fios de vento
de frio
de chuva
de sol
em que adormece o vazio das distâncias
em que se aquietará em leve balanço
a realidade dos dias a caminho
uma rede
tecida em fios de vento
de frio
de chuva
de sol
em que adormece o vazio das distâncias
em que se aquietará em leve balanço
a realidade dos dias a caminho
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