sexta-feira, 20 de junho de 2014

Caderno antigo


Enquanto o mundo se dá conta de que rola nos campos mais do que uma bola, eu aqui limpando gavetas:


Branco sobre fundo verde e vermelho, por Sergia A.


Há um poema à minha espera, na página em branco que a mente abriga. Tambores dão o tom de sua presença. Nas valas escuras abertas entre calçadas. Nas ruas sem rumo, nos becos repetidos.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Eu chamo amor



Amizade é amor sem clausula de exclusividade,
e sem a ditatura da libido.

(Zuenir Ventura, em entrevista a Roberto d’Ávila - Jun/2014)



Perdoem-me os amantes, mas hoje quero celebrar a amizade. Como se não bastasse a abertura da Copa 2014 nesta data, né? Não que eu ache o futebol ou a amizade incompatíveis com o fogo das paixões. Bobagem. O coração (o romântico) dá o seu jeito. Mas, é que por esses dias vi de perto uma demonstração que me tocou lá no fundo. Sabe aquelas que confirmam os versos do Milton? Pois é... e aí, remexendo gavetas, encontrei um texto escrito há alguns anos, sob efeito de um encontro. Em nome disso, que eu chamo amor, decido publicá-lo com alguns ajustes (não sei reler sem modificar):

Achados, por Sergia A.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Verde-amarelo utópico



Hey you

Don´t tell me there´s no hope at all
Together we stand, divided we fall.

(Roger Waters in Hey You)



janela para junho, por Sergia A.


Se eu fosse o poeta diria que a tarde estava competente para o mergulho das andorinhas. Sobre cores, a leveza do vento a dissolver nuvens e a balançar tímidas bandeirolas. No entanto, junho, que sempre me pareceu risonho, deu pra se anunciar assim carregado de incertezas. As manchetes semeiam o medo em letras garrafais. Há um túnel, dizem os comentaristas políticos de plantão. Dele poderão sair borboletas esvoaçantes ou a carga pesada de um trem. Tudo isso enquanto permito que o entusiasta que mora em mim pinte de verde-amarelo minha janela.