sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Realismo poético


Iranian woman visiting Persepolis
Persia: ancient soul of Iran: Marguerite Del Giudice 
Fotografia: Newsha Tavakolian
Fonte: National Geographic Magazine, Agosto/2008



A window is enough for me.
A window to the instance of light, insight and peace. [1]

 
Para entender Walter Salles é preciso conhecer o cinema iraniano, me disseram um dia desses. E eu, que só tinha visto ligeiramente, por acaso em noites insones,  Filhos do Paraíso (Majid Majidi, 1997) e O Silêncio (Mohsen Markhmalbaf, 1998), fiquei boiando.

Para entender o cinema iraniano é preciso entender a cultura persa, me disseram. E haja esforço para lembrar os velhos compêndios de História Geral. Aryan... império persa... cyrus... darios I, II, III... alexandre. E aí, um insight. Alexandre, que não era bobo, se rendeu à cultura persa, adotou seus métodos administrativos e casou-se com Roxana.  

Para conhecer o Irã e o que o Irã realmente é, basta ler uma transcrição de Cyrus. Disse Shirin Ebadi, advogada iraniana e ativista dos direitos humanos, quando ganhou o Nobel da Paz em 2003. Referia-se ao conceito de liberdade e direitos humanos que, dizem os iranianos, não pertence aos clássicos gregos, mas a esse Imperador que no século VI a.C tinha a sabedoria de respeitar costumes e crenças dos povos conquistados. E daí? O que isso tem a ver com cinema? 

domingo, 7 de outubro de 2012