quinta-feira, 21 de junho de 2012

A cor de junho



Qui nem jiló (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira)
Show Fé na Festa, Gilberto Gil (2010)
Fonte: YouTube


Junho andava esquisito. Um estranho céu cinza, poeirento, deu pra invadir minha janela nas manhãs. Por pura rabugice, fiquei uns dias maldizendo a volúpia dos construtores. Neste tempo de euforia imobiliária, não se desperdiça um quintal verde nos arredores. De repente, talvez se aliando a minha indignação, o céu  se vestiu de nuvens escuras, e ao sair do trabalho enfrentei ruas alagadas. O tempo está louco, me disseram os mendigos correndo para se abrigar.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Um sinal?


Teresina pela janela,  por Sergia A.


Alguns dias depois que um passarinho verde visitou o meu quarto,  um enorme morcego se achou no direito de fazer o mesmo. De onde veio, não faço a menor idéia. Disseram-me que não era vampiro. Bom, vampiro ou não, o certo é que heroicamente eu derrotei o intruso.

domingo, 10 de junho de 2012

Luas



Janela para o céu da cidade,  por Sergia A.


Íntima da noite
A névoa muda e fria
Fere, como açoite



quarta-feira, 6 de junho de 2012

Do Laboratório: Treinando o desapego



Agora se foi o décimo mês... o tempo é veloz e a segunda parte toma impulso a cada dia...

Liberdade em fundo azul,  por Sergia A.



Hoje, nada de filmes ou livros densos. Quem sabe umas boas páginas de leitura colorida, leve.
Talvez alguns pitacos sobre assuntos sérios aqui e ali, afinal nada é perfeito. E bem que eu precisava dessa leveza  ...ou dos pitacos, ninguém é de ferro.
Desapego!
É o caminho se queremos deixar de lado uma velha fórmula para abraçar algo novo.
E eu treinada. Pronta para o voo. Na bagagem, certezas chacoalhadas.

sábado, 2 de junho de 2012

Quando o futuro é apenas um caminho não trilhado


To die by your side (2011), by Spike Jonze e Simon Cahn
Fonte: YouTube


Anoitece. Uma livraria cerra suas portas. As personagens dos livros ganham vida. Tudo pode acontecer... inclusive um intrigante mergulho em William Faulkner.

Completamente por acaso, em uma das minhas peregrinações por sites interessantes (e são tantos... amo essa liberdade proporcionada pela tecnologia) encontrei um comentário sobre o curta To die by your side (2011), dirigido por Spike Jonze e Simon Cahn. Curiosa, devorei avidamente os seus seis minutos de diálogo intenso com clássicos da literatura de língua inglesa, e mais alguns minutos do making of, para compreender que além da homenagem explícita à Literatura o filme pode ser entendido como uma metáfora do processo de criação da arte contemporânea.